Coisas que todos devem saber sobre tecnologia

A tecnologia está presente em tudo e por isso está se tornando mais importante do que nunca, afetando profundamente a cultura, a política e a sociedade. Considerando todo o tempo e dinheiro que gastamos com sistemas e aplicativos, é essencial entender os princípios que determinam como a tecnologia afeta nossas vidas.

Compreendendo a tecnologia de hoje

A tecnologia não é uma indústria. É um método de transformar a cultura e a economia. Isso pode ser um pouco difícil de entender se julgarmos a tecnologia apenas como produtos de consumo. A tecnologia vai muito além dos telefones em nossas mãos, e provoca mudanças muito significativas na sociedade e precisamos entede-las se quisermos tomar boas decisões sobre a forma como elas moldam nossas vidas – e especialmente se quisermos influenciar pessoas e negócios.

Mesmo aqueles que estão imersos no mundo da tecnologia há muito tempo, podem, por vezes, não entender as forças que moldam e impactam a sociedade.

O que você precisa saber:

  1. A tecnologia não é neutra. Uma das coisas mais importantes que todos devem saber sobre os sistemas, aplicativos e serviços é que eles carregam em cada botão, cada link e cada ícone brilhante, uma maneira de criar valor e lucro. As escolhas que os desenvolvedores fazem sobre o design, a arquitetura ou modelo de negócios, podem ter impactos profundos sobre nossa privacidade, segurança e até mesmo direitos civis, como usuários. Quando o software nos incentiva a tirar fotos quadradas em vez de retangulares, ou a deixar o microfone sempre ligado, ou nos permite ser alcançados por nossos chefes a qualquer momento, ele muda nosso comportamento e muda nossas vidas. Todas as mudanças que acontecem quando usamos novas tecnologias, ocorrem de acordo com as prioridades e preferências de quem as cria.
  2. Nāo é possível evitar a tecnologia. A cultura popular apresenta a tecnologia de consumo como uma progressão ascendente sem fim, que continuamente torna as coisas melhores e mais fáceis para todos. Na realidade, novos produtos de tecnologia geralmente envolvem um conjunto de compensações em que, melhorias em áreas, como usabilidade ou design vêm junto com pontos fracos em outras áreas como privacidade e segurança. Às vezes, a nova tecnologia é melhor para uma comunidade, enquanto torna as coisas piores para outras. Mais importante ainda, só porque uma determinada tecnologia é “melhor” de alguma forma, isso não garante que ela será amplamente adotada ou que fará com que outras tecnologias mais populares sejam aprimoradas.
  3. A maioria das pessoas que atuam com tecnologia realmente deseja fazer o bem. Podemos ser bastante céticos e críticos em relação aos produtos e empresas de tecnologia, sem ter que acreditar que a maioria das pessoas que criam tecnologia são “ruins”. Tendo conhecido alguns milhares de pessoas ao redor do mundo que criam hardware e software, posso atestar que o clichê de que eles querem mudar o mundo para melhor é verdadeiro. Os criadores de tecnologia são sérios em querer causar um impacto positivo. Ao mesmo tempo, é importante para aqueles que fazem tecnologia entender que boas intenções não os isentam de serem responsáveis pelas consequências negativas de seu trabalho, não importa o quão bem-intencionados estejam. É importante reconhecer as boas intenções da maioria das pessoas que atuam com tecnologia porque nos permite seguir e analisar essas intenções e reduzir a influência daqueles que não têm boas intenções, e para garantir que o mal não ofusque o impacto do bem.
  4. A história da tecnologia é mal documentada e mal compreendida. Pessoas que aprendem a criar tecnologia geralmente podem descobrir todos os detalhes de como uma linguagem de programação ou um dispositivo favorito foi criado, mas muitas vezes é quase impossível saber por que certas tecnologias deram certo ou o que aconteceu com aquelas que não vingaram. Embora ainda estejamos no início da revolução computacional e que muitos de seus pioneiros ainda estejam vivos e trabalhando, é comum descobrir que parte da história da tecnologia recente, já foi apagada. Por que um aplicativo teve sucesso e outros não? Quantas tentativas fracassaram antes de algo dar certo para um aplicativo? Quais problemas esses aplicativos encontraram – ou quais problemas eles causaram? Quais criadores ou inovadores foram apagados da história? Todas essas perguntas são encobertas, silenciadas ou, às vezes, deliberadamente respondidas incorretamente, em favor da construção de uma história de progresso elegante, contínuo e inevitável no mundo da tecnologia. E não podemos esquecer que isso não é exclusivo da tecnologia – quase todos os setores passaram por problemas semelhantes.
  5. A maior parte da educação em tecnologia não inclui treinamento ético. Em disciplinas maduras como direito ou medicina, temos séculos de aprendizagem incorporados ao currículo profissional, com requisitos explícitos para a educação ética. Isso não impede que as transgressões éticas aconteçam. Mas esse nível básico de familiaridade com questões éticas dá a esses campos profissionais, uma ampla fluência em conceitos que motivam o comportamento humano. E, mais importante, garante que aqueles que desejam fazer a coisa certa e fazer seu trabalho de maneira ética, tenham uma base sólida de informações relevantes sobre o seu campo de atuação. Mas as reações recentes contra alguns excessos do mundo da tecnologia, recebem pouca atenção e há pouco progresso no aumento da expectativa de que a educação ética seja incorporada ao treinamento técnico. Existem poucos programas voltados para a atualização do conhecimento ético de quem já está na força de trabalho; a educação continuada é amplamente focada na aquisição de novas habilidades técnicas, em vez de habilidades sociais. Não há solução mágica para esse problema; é muito simplista pensar que trazer os cientistas da computação para uma colaboração mais próxima com os especialistas em artes liberais resolverá significativamente essas questões éticas. Mas está claro que os tecnólogos terão que se tornar rapidamente fluentes em questões éticas se quiserem continuar a ter o amplo apoio público de que desfrutam atualmente.
  6. A tecnologia geralmente é construída sobre a ignorância dos seus usuários. Nas últimas décadas, a sociedade aumentou muito o seu respeito pelos criadores de tecnologia, mas isso resultou em tratar essas pessoas como gênios infalíveis. Os criadores de tecnologia agora são regularmente tratados como autoridades em uma ampla gama de campos, como mídia, trabalho, transporte, infraestrutura e política – mesmo que não tenham experiência nessas áreas. Mas saber como fazer um aplicativo para iPhone não significa que a pessoa verdadeiramente entenda de um outro setor no qual nunca trabalhou! Os melhores e mais atenciosos criadores de tecnologia se envolvem profundamente com as comunidades que desejam ajudar, para garantir que atendam às necessidades reais em vez de “interromper” indiscriminadamente a forma como os sistemas estabelecidos funcionam. Mas às vezes, novas tecnologias atropelam essas comunidades, e as pessoas que as fabricam têm recursos financeiros e sociais suficientes para que as deficiências de suas abordagens não as impeçam de perturbar o equilíbrio de um ecossistema. Muitas vezes, os criadores de tecnologia têm dinheiro suficiente para encobrir os efeitos negativos das falhas em seus projetos, especialmente se estiverem isolados das pessoas afetadas por essas falhas. Para piorar tudo isso, há ainda os problemas de inclusão tecnológica, o que significa que muitas comunidades mais vulneráveis terão pouca ou nenhuma representação entre as equipes que criam novas tecnologias, tornando-se apenas consumidores ou usuários de tais tecnologias, sem que tenham consciência, conhecimentos e principalmente preocupações com o que está sendo criado.
  7. Não existe apenas um único criador de tecnologia. Uma das representações mais comuns sobre inovação tecnológica, na cultura popular, é a do gênio em uma garagem, criando uma inovação revolucionária como que em um passe de mágica. Isso alimenta a criação de mitos comum em torno de pessoas como Steve Jobs, que recebeu o crédito individual por “inventar o iPhone” quando isso, na verdade, foi obra de milhares de pessoas. Na realidade, a tecnologia é sempre medida pelos insights e valores da comunidade onde seus criadores estão baseados, e quase todo momento de inovação é precedido por anos ou até mesmo décadas de outras pessoas tentando e crindo produtos semelhantes. O mito do “criador solitário” é particularmente ruim porque agrava os problemas de exclusão que afligem a indústria de tecnologia em geral; esses gênios solitários, que são retratados na mídia raramente vêm de origens tão diversas quanto as pessoas em comunidades reais. Enquanto os meios de comunicação podem se beneficiar por serem capazes de dar prêmios ou reconhecimento individuais, as histórias reais da criação são complicadas e envolvem muitas pessoas. Devemos ser céticos em relação a narrativas que indiquem o contrário.
  8. A maioria das tecnologias não vem de startups. Apenas cerca de 15% dos programadores trabalham em startups e, em muitas grandes empresas de tecnologia, a maioria da equipe nem mesmo é de programadores. Portanto, o foco em definir tecnologia pelos hábitos ou cultura de programadores que trabalham em startups, distorce a forma como a tecnologia é vista na sociedade. Em vez disso, devemos considerar que a maioria das pessoas que criam tecnologia trabalham em organizações ou instituições que não consideramos puramente de “tecnologia”. Além do mais, existem muitas empresas de tecnologia independentes – pequenas empresas que fazem sites, aplicativos ou software personalizado, e muitos dos programadores mais talentosos preferem a cultura ou os desafios dessas organizações, do que ser um famosos titã da tecnologia. Não devemos apagar o fato de que as startups são importantes, mas apenas uma pequena parte do todo está com elas, e não devemos deixar essa cultura distorcer a maneira como se cria tecnologia em geral.
  9. A maioria das grandes empresas de tecnologia ganha dinheiro apenas de três maneiras. É importante entender como as empresas de tecnologia ganham dinheiro, se você quiser entender de negócios de tecnologia. I) Publicidade: Google e Facebook ganham quase todo o seu dinheiro vendendo informações sobre você para anunciantes. Quase todos os produtos que eles criam são projetados para extrair o máximo de informações possíveis, para que possam ser usadas para criar um perfil mais detalhado de seus comportamentos e preferências, e os resultados de pesquisa e feeds sociais feitos por empresas de publicidade são fortemente incentivados a empurram você para sites ou aplicativos que mostram mais anúncios dessas plataformas. É um modelo de negócios construído em torno da vigilância, o que é particularmente impressionante, pois é aquele em que a maioria das empresas de Internet voltadas para o consumidor dependem. II) Big Business: Algumas das maiores empresas de tecnologia, como Microsoft, Oracle e Salesforce, existem para obter dinheiro de outras grandes empresas que precisam de software de negócios, e que pagam por facilidades e agilidade para gerenciar e de bloquear as formas como os funcionários as usam. Muito pouco dessa tecnologia é prazeirosa de usar, especialmente porque os clientes dela são obcecados em controlar e monitorar seus funcionários, mas isso torna essas empresas, as mais lucrativas em tecnologia. III) Pessoas físicas: empresas como a Apple e a Amazon desejam que você pague diretamente por seus produtos ou pelos produtos que outras pessoas vendem em suas lojas. (Embora os serviços da Amazon Web Services existam para atender ao mercado de grandes empresas). Este é um dos modelos de negócios mais simples – você sabe exatamente o que está recebendo quando compra um iPhone ou Kindle, ou quando assina o Spotify, e como não depende da publicidade e nem de ceder o controle de compras ao seu empregador, as empresas com esse modelo tendem a ser aquelas em que os indivíduos têm mais poder. Praticamente todas as empresas de tecnologia estão tentando fazer uma dessas três coisas, e você pode entender por que elas fazem essas escolhas, vendo como isso se conecta a esses três modelos de negócios.
  10. O modelo econômico das grandes empresas distorce a tecnologia. As maiores empresas de tecnologia de hoje seguem uma fórmula simples: Fazer um produto interessante ou útil que transforme um grande mercado; Obter muito dinheiro de investidores de capital de risco; Aumentar rapidamente um grande público de usuários, mesmo que isso signifique perder muito dinheiro por um tempo; Descubrir como transformar aquele grande público em um negócio que vale o suficiente para dar aos investidores um retorno enorme; Lutar ferozmente (ou comprar) outras empresas concorrentes no mercado. Esse modelo é muito diferente de como as empresas tradicionais são planejadas para o crescimento orgânico, que começam com pequenos investimentos e crescem atraindo principalmente, clientes que pagam diretamente por produtos ou serviços. As empresas que seguem esse novo modelo podem crescer muito mais rapidamente do que as empresas mais antigas que dependiam do crescimento da receita dos clientes pagantes. Mas essas novas empresas também têm uma responsabilidade muito menor para com os mercados em que estão entrando porque estão atendendo aos interesses de curto prazo de seus investidores antes dos interesses de longo prazo de seus usuários ou da comunidade. A difusão desse tipo de plano de negócios pode tornar a concorrência quase impossível para empresas sem investimento de capital de risco. Empresas regulares que crescem com base no ganho de dinheiro dos clientes não podem perder tanto dinheiro por tanto tempo. Não é um jogo justo e equilibrado, o que muitas vezes significa que as empresas estão presas a pequenos esforços independentes ou esforços monstruosamente gigantes. O resultado final se parece muito com a indústria do cinema, onde existem minúsculos filmes de arte indie e grandes sucessos de bilheteria, e não muito mais que isso. E qual é o maior custo para essas novas grandes empresas de tecnologia? Contratação de codificadores. Eles injetam a grande maioria de seu dinheiro de investimento na contratação e retenção dos programadores que construirão suas plataformas de tecnologia. Muito pouco dessas enormes somas de dinheiro é aplicado em coisas que servirão a uma comunidade ou criarão patrimônio para qualquer pessoa que não seja os fundadores ou investidores da empresa. Não existe a pretensão de se fazer uma empresa extremamente valiosa que também implique na criação de muitos empregos para muitos tipos de pessoas.
  11. Tecnologia é tanto moda quanto função. Para quem está de fora, a criação de aplicativos ou dispositivos é apresentada como um processo hiper-racional em que os engenheiros escolhem as tecnologias com base nas mais avançadas e adequadas à tarefa. Na realidade, a escolha de coisas como linguagens de programação ou kits de ferramentas podem estar sujeitas aos caprichos de programadores ou gerentes específicos, ou ao que quer que esteja simplesmente na moda. Com a mesma frequência, o processo ou metodologia pela qual a tecnologia é criada pode seguir modismos ou tendências que estão em alta, afetando tudo, desde como as reuniões são realizadas até como os produtos são pensados e desenvolvidos. Às vezes, as pessoas que criam tecnologia buscam novidades, às vezes querem voltar às bases de suas ferramentas tecnológicas, mas essas escolhas são influenciadas por fatores sociais, além de uma avaliação objetiva do mérito técnico. Uma tecnologia mais complexa nem sempre é igual a um produto final mais valioso. Portanto, embora muitas empresas gostem de divulgar o quão ambiciosas ou de ponta são suas novas tecnologias, isso não é garantia de que elas forneçam mais valor para usuários, especialmente quando novas tecnologias, vêm com novos bugs e efeitos inesperados.
  12. Nenhuma instituição tem o poder de conter os abusos da tecnologia. Na maioria dos setores, se as empresas começarem a fazer algo errado ou a explorar os consumidores, serão refreadas por políticas e investigações que criticarão suas ações. Então, se os abusos continuarem e se tornarem suficientemente graves, as empresas podem ser sancionadas por órgãos legisladores local, estadual, governamental ou internacional. Hoje, porém, grande parte da imprensa especializada em tecnologia se concentra em cobrir o lançamento de novos produtos ou novas versões de produtos existentes, e os repórteres de tecnologia que cobrem os importantes impactos sociais da tecnologia são muitas vezes comentaristas das análises de novos telefones, seu formato, sua cor, seu processador, em vez de dar destaque na cobertura dos negócios ou da cultura. Embora isso tenha começado a mudar à medida que as empresas de tecnologia se tornaram absurdamente ricas e poderosas, a cobertura também ainda é limitada pela cultura dentro das empresas de mídia. Repórteres seguem os clichês tradicionais e costumam relatar as novidades, como antigamente, nos principais meios de comunicação, e costumam ser analfabetos em conceitos básicos de tecnologia de uma forma que seria impensável que estes jornalistas cobrem sobre os impactos, finanças ou direitos dos consumidores e usuários. Em vez disso, os repórteres de tecnologia são frequentemente designados (ou inclinados a) cobrir anúncios de produtos, em vez de preocupações cívicas ou sociais mais amplas. O problema é muito mais sério quando consideramos os reguladores e autoridades eleitas, que muitas vezes se gabam de seu analfabetismo sobre tecnologia. Ter líderes políticos que não conseguem nem mesmo instalar um aplicativo em seus smartphones torna impossível entender a tecnologia bem o suficiente para regulá-la de forma adequada ou para atribuir responsabilidade legal quando os criadores de tecnologia violam leis. Mesmo que a tecnologia abra novos desafios para a sociedade, os legisladores ficam muito atrás do estado da arte ao criar leis apropriadas. Sem a força corretiva da responsabilidade jornalística e legislativa, as empresas de tecnologia muitas vezes funcionam como se fossem completamente desreguladas, e as consequências dessa realidade geralmente recaem sobre quem está fora da tecnologia. Pior ainda, ativistas tradicionais que contam com métodos convencionais, como boicotes ou protestos, muitas vezes se consideram ineficazes devido ao modelo de negócios indireto de empresas de tecnologia gigantes, que podem contar com publicidade ou vigilância (“coleta de dados do usuário”) ou investimento de capital de risco para continuar as operações mesmo que os ativistas sejam eficazes na identificação de problemas. Essa falta de sistemas de responsabilidade é um dos maiores desafios que a tecnologia enfrenta hoje. Se entendermos essas coisas, podemos mudar a tecnologia para melhor. Se tudo é tão complicado e tantos pontos importantes sobre a tecnologia não são óbvios, devemos simplesmente desistir? Não. Assim que conhecermos as forças que moldam a tecnologia, podemos começar a impulsionar a mudança. Se sabemos que o maior custo para os gigantes da tecnologia é atrair e contratar programadores, podemos incentivá-los a defender coletivamente os avanços éticos e sociais de seus empregadores. Se sabemos que os investidores que impulsionam as grandes empresas respondem aos riscos potenciais do mercado, podemos enfatizar que o risco de seus investimentos aumenta se eles apostarem em empresas que agem de forma prejudicial à sociedade. Se entendermos que a maioria em tecnologia tem boas intenções, mas falta o contexto histórico ou cultural para garantir que seu impacto seja tão bom quanto suas intenções, podemos garantir que eles obtenham o reconhecimento de que precisam para prevenir danos antes que aconteçam. Muitos de nós que criam tecnologia, ou que amam a forma como ela nos fortalece e melhora nossas vidas, estamos lutando com os muitos efeitos negativos que algumas dessas mesmas tecnologias estão tendo na sociedade. Mas talvez se começarmos com um conjunto de princípios comuns que nos ajudam a entender como a tecnologia realmente funciona, possamos começar a enfrentar e combater os maiores problemas da tecnologia.
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